As alunas do Centro Integrado de Ensino (CIE), de Rondonópolis (MT), que já haviam conquistado o campeonato na categoria A (15 a 17 anos), confirmaram o favoritismo e ficaram o primeiro lugar na competição de handebol também na categoria B (12 a 14 anos) nos Jogos Escolares Municipais. A última final, realizada no dia 25 de maio, terminou com a vitória do CIE por 14 a 8 sobre o Cândido Portinari. A entrega dos troféus será realizada na próxima sexta-feira (2 de junho), quando as competidoras receberão homenagens do colégio.
Os resultados credenciam as equipes a disputarem a próxima etapa, que é a regional, a ser realizada em Alto Garças, de 8 a 13 de junho. O técnico José Roberto da Silva Moreira, que é professor de Educação Física, conta que o CIE tem um histórico de bons resultados no handebol, aparecendo sempre entre os primeiros. No ano passado, lembra ele, a escola foi campeã na categoria B, a exemplo do que já havia ocorrido em 2020. Em 2022 chegou a disputar a etapa regional em Campo Verde, perdendo na semifinal, mas ficando em seguida com o terceiro lugar.
São equipes fortes e já experientes que têm todas as condições de passar pelo regional e o estadual este ano, avalia o treinador. “A modalidade é uma tradição aqui na nossa escola já há muitos anos. Desde quando eu entrei há 10 anos atrás eu dou seguimento ao projeto. Hoje a gente tem equipe que está sempre brigando pelos primeiros lugares, isso quando a gente não ganha”, orgulha-se. A forma como o esporte é trabalhado no CIE atrai inclusive estudantes de fora. “Hoje temos um interclasses que é referência aqui da cidade. Tem alunos que até já saíram de outras escolas para vir estudar com a gente só por conta da forma como elaboramos o interclasses”, finaliza.
Dedicação, entrosamento e incentivo
Bastante contente com a vitória, a capitã da equipe da categoria A de handebol, Ana Luiza Palhares Esteves, considera que o resultado foi obtido por conta de alguns fatores em especial. “Costuma-se dizer que o foco nos treinos é o principal, mas eu também acho que é a sintonia que eu tenho com as meninas, a coletividade, a nossa amizade ajuda bastante durante o jogo”, analisa ela. O fato de conhecer bem e estar entrosado permite que elas entendam o que dizem umas para as outras apenas com um olhar.
Maria Fernanda Senna, capitã do time da categoria B, sem falsa modéstia, diz que na verdade a vitória era algo esperado. “A nossa dedicação foi incrível. Foi incrível ver como o time estava se empenhando mesmo para conseguir essa vitória. E quando eu ouvi aquele apito final, quando eu consegui ver aquele troféu, foi a melhor sensação na minha vida. E com certeza a gente pretende jogar outras competições e ganhar”, projeta.
As duas ressaltam também o apoio e o incentivo dados pelo CIE. Luiza, que diz gostar muito de treinar, considera determinante a reciclagem constante que as atletas têm oportunidade de fazer. “Eu acho que o Zé faz de tudo para coletar bastante informações pra fazer nos treinos. Teve um tempo atrás que ele foi até Cuiabá para fazer um curso para pegar alguns exercícios que geralmente técnicos da seleção brasileira dão para as meninas. Ele pega e passa pra gente. Eu acho que é muito importante também”, frisa.
“O apoio da escola está sendo incrível. Fizeram cartazes, colocaram nas paredes, colocaram convites para assistir nossa final. Foi incrível aquela sensação antes do jogo de saber que a escola estava me apoiando e apoiando meu time”, lembra Maria Fernanda. “Quanto à necessidade de faltar aula por conta do jogo, a escola entende isso e eu não me preocupo com as faltas que eu vou levar porque a escola entende realmente”, reconhece a jogadora.